Diga aí, você leitor(a): essa cena, pra você, é ou não é um FLAGRANTE de um indivíduo atirando em outro?
Pois pra mim é. E esse que estava atirando, tem um agravante: era um Policial Militar.
E mais uma vez a Justiça se esquiva de seu dever: condenar bandidos. Os dois PM's que foram FLAGRADOS atirando em um adolescente em agosto de 2010 foram ABSOLVIDOS em Manaus. Então, pra que existe o Poder Judiciário?
Considero uma contradição o Poder Judiciário sustentar a imagem de Jesus ao fundo de seu local de trabalho e absolver assassinos. Afinal, Jesus era um sujeito que defendia a aplicação da justiça, da verdade.
Acompanhe.
Nas imagens, policial aparece atirando a queima roupa em adolescente (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
G1.globo.com
08/08/2012 00h16 - Atualizado em 08/08/2012 18h49
PMs filmados atirando em adolescente são absolvidos, em Manaus
Ministério Público do AM irá entrar com recurso para anular decisão do
júri.
Familiares dos réus comemoraram a absolvição dos policiais
militares.
Julgamento durou cerca de 13 horas nesta terça (7)
em Manaus (Foto: Mônica Dias/G1)
Os dois soldados da Polícia Militar do Amazonas suspeitos de atirar em um
adolescente em agosto de 2010 foram absolvidos após julgamento que durou 13
horas nesta terça-feira (7), em Manaus. O Ministério Público anunciou que irá
entrar com recurso para reverter a decisão.
Os policiais estavam presos no Batalhão da Polícia Militar há um ano e quatro
meses, com os outros três suspeitos do crime. O PM André Luiz Castilhos Campos
era acusado de tentativa de homicídio qualificado e coautoria de roubo
qualificado. Já o policial Rosivaldo de Souza Ferreira era acusado de
comunicação falsa de crime, coautoria de tentativa de homicídio qualificado e
coautoria de roubo qualificado.
De acordo com o juiz Mauro Antony, da 3ª Vara do Tribunal do Júri Popular do
Estado do Amazonas, os jurados absolveram os réus após responderem três
perguntas. Primeiramente pela principal acusação (se houve disparo de arma de
fogo contra o adolescente) e, em seguida, das acusações de coautoria de roubo e
falsificação de Boletim de Ocorrência.
Réus foram considerados inocentes pelo júri (Foto:
Mônica Dias/G1)
Ainda durante o veredito, o advogado de defesa Glen Wilde solicitou a
liberdade provisória de outros dois réus clientes dele. São eles Alexandre Souza
dos Santos e Marcos Teixeira de Lima. O juiz que presidiu o julgamento disse que
irá analisar a situação.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) deverá entrar com recurso
para tentar anular a decisão, uma vez que, segundo o promotor do caso, Ednaldo
Medeiros, ela vai contra as provas visuais.
Durante o julgamento, apenas familiares e amigos dos réus estavam presentes.
Após o anúncio oficial, todos comemoraram a decisão do júri popular.
Em entrevista ao G1, a mãe do PM André Castilho, Marisa
Castilho, de 55 anos, disse estar magoada com as acusações feitas contra o
filho. "Ele ficou preso 1 ano e 4 meses injustamente. Quero saber quem vai dar a
ele agora os momentos perdidos. Meu filho estava excluído da sociedade", disse a
comerciante.
Familiares e amigos dos réus comemoraram a decisão
do júri popular (Foto: Mônica Dias/G1 AM)
Entenda o caso
O crime ocorreu em 17 de agosto de 2010. Em um vídeo de uma câmera de
segurança particular, sete policiais militares aparecem atirando em um
adolescente de 14 anos no bairro Amazonino Mendes, Zona Leste de Manaus. Nas
imagens, um dos PMs armado, mais tarde identificado como André Luiz Castilhos
Campos, agride, ameaça e atira por cinco vezes no tórax do jovem. A ação
acontece na presença de outros policiais militares.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), o
adolescente não possuía antecedentes criminais. Na noite do crime, ele teria ido
a casa da namorada e a uma lan house, e foi abordado por oficiais quando voltava
para casa.
Para o responsável pelo caso na época, promotor de justiça João Bosco Sá
Valente, os policiais tinham a intenção de matar o jovem. "Se você atira no
calcanhar, isso indica que você não queria matar. Você atira no peito, dá cinco
tiros, e não quer matar? É indefensável a história deles. Eles queriam matar",
afirmou.
O então secretário de Segurança Pública do Estado na época, Zulmar Pimentel,
anunciou o afastamento e a detenção administrativa de seis dos sete policiais
envolvidos no batalhão da Polícia Militar, na Zona Centro-Sul da capital. Em
março do ano passado, a Justiça decretou a prisão preventiva dos sete
policiais.
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