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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MANIFESTANTES QUEIMAM IMAGEM DE CABRAL NO CENTRO DO RIO

por Julieta El-Khouri
 
Manifestação de grevistas da UERJ, composta por professores, técnicos-administrativos e estudantes, resolveram externar verdadeiramente sua revolta com a atual situação da instituição. Cansados de esperar pela solução, pois a greve já dura dois meses e meio, os manifestantes resolveram queimar a imagem de Sérgio Cabral.
Ninguém aguenta mais as arbitrariedades desse (des)governador.



Hoje às 18h21

Grevistas da Uerj protestam no Centro do Rio

Ânimos se acirram e grupo queimou imagem do governador


Jornal do Brasil Igor Mello


Cerca de 150 manifestantes fizeram uma passeata em defesa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) no Centro do Rio, na tarde desta quarta-feira (29). O grupo se concentrou em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e seguiu até a sede da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, na Rua da Ajuda.
Professores, técnicos-administrativos e estudantes estão em greve há cerca de dois meses e meio. Eles reivindicam reajuste salarial de 22%, implantação do regime de dedicação exclusiva para os professores, plano de cargos e salários para os técnicos e aumento nas bolsas estudantis, entre outras melhorias. Também exigem que o governo do estado destine 6% da receita líquida do Rio de Janeiro à Uerj, como determina a Constituição estadual. Atualmente, segundo os grevistas, a instituição recebe cerca de 2% dos recursos do estado.
Já era noite quando grupo ateou fogo à imagem de Sérgio Cabral
Já era noite quando grupo ateou fogo à imagem de Sérgio Cabral
O pequeno número de manifestantes, no entanto, não foi encarado de maneira negativa pelo comando da greve. Segundo Jorge Luis Mattos de Lemos, o Gaúcho, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro (Sintuperj), o número de participantes na manifestação é representativo por conta das condições impostas pela Justiça:

"É um número importante, pelo dia e por ser uma greve de ocupação, e não de piquete. Também somos uma greve sob liminar, que obriga 80% dos funcionários do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) e 60% dos demais setores a seguirem trabalhando", explica.
Ele também rejeita as insinuações feitas por correligionários do governador Sérgio Cabral (PMDB), de que a greve teria fundo político e seria uma forma de pressão às vésperas das eleições municipais. Mesmo com a presença de militantes de partidos como PSTU e PSOL, Gaúcho descarta qualquer cunho eleitoral no protesto:
"Repudiamos qualquer uso político do movimento. Nosso partido é a Uerj. Isso é uma forma do governador depreciar os grevistas e justificar sua postura de não negociar", afirma o técnico em enfermagem, funcionário do Hupe há 38 anos.
Os manifestantes ficaram cerca de 1h ocupando três pistas da Avenida Rio Branco, na altura do Largo da Carioca. A interdição parcial provocou engarrafamento na via, fazendo com que os motoristas perdessem tempo em pleno horário do rush. Estudantes da universidade queimaram fotos de Cabral e do reitor da Uerj, Ricardo Vieralves. A pista foi liberada por volta das 18h30, quando os grevistas rumaram para as portas da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia.
Imediatamente, funcionários fecharam as portas do órgão, provocando vaias dos grevistas, que aproveitaram para colar adesivos com a frase "Negocia Cabral" na porta da secretaria.

 

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