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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

JULGAMENTO DO MENSALÃO

por Julieta El-Khouri

Começou o julgamento do mensalão e parece que a chapa está esquentando. O ministro revisor do processo, Ricardo Lewandovsky, quer, agora, permitir o desmembramento do processo para que os réus que não têm foro privilegiado sejam julgados separadamente. Já o ministro Joaquim Barbosa considera isso uma deslealdade, porque entende que o ministro revisor poderia ter se manifestado anteriormente sobre isso.
Com certeza, Barbosa tem razão. Imagine em quanto tempo isso retardaria o julgamento do processo. Será isso mais uma armação do Judiciário para protelar o julgamento para o período pós-eleitoral? Que vergonha!




br.reuters.com - 02/08/2012

Julgamento do mensalão começa com atrito entre ministros

quinta-feira, 2 de agosto de 2012 15:15 BRT
 
BRASÍLIA, 2 Ago (Reuters) - O julgamento dos acusados de envolvimento no chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) começou com um atrito entre o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, e o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski.
O clima esquentou após Lewandowski se colocar favorável ao acolhimento da questão de ordem apresentada pelo advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos -que representa José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural-- pedindo o desmembramento da ação para que os réus que não têm foro privilegiado não fossem julgados pelo Supremo.
Instantes antes do pronunciamento do ministro revisor, Barbosa colocou-se contra a questão de ordem, considerando-a "irresponsável".
"Isso é uma deslealdade", disse Barbosa a Lewandowski, alegando que, como revisor do processo, ele poderia ter se manifestado pelo desmembramento meses atrás.
Lewandowski pediu que lhe fosse garantida a palavra e rebateu. "Acho que é um termo muito forte", disse referindo-se à declaração de Barbosa. "(Sua fala) está prenunciando que este julgamento será muito tumultuado."
O plenário da Corte analisa agora se acatará ou não a questão de ordem levantada por Bastos com a continuação da manifestação de Lewandowski.
Barbosa levantou de sua cadeira e deixou o plenário da Corte durante a fala do revisor.
(Reportagem de Ana Flor e Hugo Bachega; Texto de Eduardo Simões)


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