Atualizado em: 08h21min - 18/07/2012- vnews.com |
Agente da Polícia Federal é morto a tiros dentro de cemitério em Brasília |
Vítima estava visitando sepultura e foi baleada duas vezes na cabeça. Autor de disparos levou carro da vítima, mas deixou carteira e arma do policial. |
Um agente da Polícia Federal foi assassinado com dois
tiros na cabeça na tarde desta terça-feira (17) no cemitério Campo da Esperança,
em Brasília. O agente Wilton Tapajós Macedo visitava o túmulo dos pais, por
volta das 15h, quando um homem se aproximou e efetuou os disparos.
Macedo trabalhava no núcleo de inteligência da PF que investigou a operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O chefe da operação, delegado Matheus Rodrigues, disse que Macedo participou das investigações desde o início, em 2009. Em nota, a empresa Campo da Esperança informou que não pode restringir o acesso ao cemitério e que os visitantes não são revistados. A empresa informou ainda que quatro equipes com quatro seguranças armados trabalham, em escala, 24 horas no local. Segundo a empresa, as oito câmeras de vigilância instaladas nas áreas edificadas do cemitério estão funcionando e o material gravado nesta terça já foi disponibilizado para a polícia. Também por meio de nota, a Polícia Civil disse que a 1ª Delegacia de Polícia está apurando o caso. Um jardineiro que trabalha no local viu o crime e informou à direção do cemitério. A polícia informou que ele já prestou depoimento e investiga se o homem que cometeu o crime agiu sozinho. A Polícia Federal, que também participa das investigações, informou estar trabalhando com a possibilidade de latrocínio simples, quando ocorre homicídio com a finalidade de roubar. Segundo a polícia, não há informações de que o agente morto tenha sofrido ameaças recentemente. De acordo com a PF, Macedo estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial, um Gol branco que era do filho de Macedo. A arma que o policial portava – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas. Macedo, de 54 anos, era casado e tinha sete filhos. Enquanto a polícia realizava a perícia no local do assassinato, quatro filhos chegaram ao cemitério. A esposa da vítima também esteve no local e precisou ser atendida por bombeiros após passar mal. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Jones Borges Leal, não descartou que o crime pode ter sido queima de arquivo. "Pode ser uma série de coisas, ainda não dá para dizer com certeza o que motivou. Mas é estranho que tenham deixado a arma que estava na cintura dele", declarou. Macedo estava na PF desde 1987. Leal disse que além do núcleo de inteligência da PF, o agente assassinado já tinha passado pelos serviços de proteção a testemunhas e de repressão a entorpecentes. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota de pesar pela morte de Macedo e se solidarizando com a família do agente. |
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