por Julieta El-Khouri
Sérgio Cabral, em mais uma ação ditatorial do seu governo, plantou a tropa de choque na porta do IASERJ, na madrugada de domingo, e transferiu, "na marra", 43 pacientes que estavam internados no Hospital, dentre eles 12 que estavam no CTI.
Funcionários do IASERJ estão classificando o ato como "genocídio", uma vez que os hospitais pra onde foram transferidos os pacientes estão superlotados.
Veja a seguir a revolta provocada pelo ato insano do Governador.
Extra.globo.com - 15/07/2012
Desativação do Iaserj e transferência de pacientes provocaram protestos
Em meio a protesto de funcionários, a Secretaria estadual de Saúde transferiu, na madrugada de ontem, 43 dos 54 pacientes internados no Hospital Central do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj). As remoções iniciaram o processo de encerramento de atividades da unidade, cujo terreno foi cedido pelo estado à União.
Segundo funcionários, os pacientes — 12 do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e 31 da enfermaria e pronto-atendimento — foram transferidos sem eles ou seus parentes serem avisados sobre a remoção. A presidente da Associação dos Funcionários do Iaserj, Marilea Ormond, definiu a operação como um "genocídio".
— Proibiram a entrada de funcionários e parentes dos pacientes no prédio e não deixaram os médicos examinarem quem seria transferido. Foi uma operação de guerra — descreve Marilea, sobre a ação que foi acompanhada por policiais militares do Batalhão de Choque: — Em 2009, quando tentaram fazer a mesma coisa, um paciente morreu durante a transferência.
Uma reclamação dos parentes é que os hospitais que receberam os doentes — Getúlio Vargas (Penha), Eduardo Rabello (Campo Grande), Albert Schweitzer (Realengo), Carlos Chagas (Marechal Hermes) e São Francisco de Assis (Centro) — estão superlotados.
Há 43 anos trabalhando no hospital, a acessorista Enaura Arouca disse que alguns pacientes estavam sedados ou entubados.
— Os pacientes estavam completamente desorientados, sem saber o que estavam acontecendo — conta ela.
Manifestante diz a Pedro Cesario para rasgar o crachá
Na sexta-feira, o governo estadual derrubou na Justiça uma liminar que impedia a retirada de pacientes do Iaserj e a desativação do hospital. A decisão foi da juíza Simone Lopes da Costa, para quem o estado demonstrou possuir planejamento adequado para realização da remoção dos pacientes. A juíza autorizou também o uso da força policial se não fosse possível cumprir a decisão de outra maneira.
Durante as remoções, o diretor do hospital do Iaserj, Pedro Cirilo, afirmou estar surpreso. Ele disse que não foi informado sobre a operação e pediu exoneração.
— Não fui comunicado sobre nenhuma transferência de paciente. As remoções estão sendo realizadas de forma irresponsável. Não me respeitaram como profissional. Não concordo com o que está sendo feito, estou pedindo minha exoneração.
Isto já estava previsto desde 2008, quando o governo do estado cedeu o terreno para o Instituto Nacional de Câncer. Os leitos e equipamentos serão transferidos e ampliados para o hospital Getúlio Vargas.
ResponderExcluirÉ bom se informar antes de acusar e criticar. O hospital foi fechado, mas no Iaserj Maracanã, por exemplo, funcionará o ambulatório e o serviço de pronto-atendimento exclusivo para servidores do estado. Além disso, o Iaserj possui serviços de ambulatório, 12 leitos de UTI e 18 leitos de enfermaria. Os leitos de UTI serão transferidos e ampliados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, em obra que foi concluída este mês. Ou seja, em vez de 12, serão 24 novos leitos, em uma estrutura com mais possibilidades de atendimento, como equipes de neurocirurgia, que não existiam no Iaserj e são referência no HEGV. A função pública do Estado é investir na saúde coletiva e usar recursos do Sistema Único de Saúde para ampliar o atendimento a toda a população.
ResponderExcluirOlá anônimo. Não costumo interagir com “sem caras”, pois considero o anonimato um comportamento covarde. Mas, vou abrir exceção. O que está em discussão, efetivamente, não é o estado de manutenção da outra unidade do IASERJ. O Hospital Central do IASERJ estava funcionando a pleno vapor, com muitas internações e atendimento a contento, e os outros hospitais da cidade não têm condições de recepcionar os pacientes transferidos. Se havia tranquilidade na transferência dos pacientes, o ato feito na madrugada e com a presença da tropa de choque era dispensável. Não era?
ExcluirAcho que mau informado (ou tapando o sol com a peneira) estão vocês. Pelo menos é o que se vê amplamente divulgado na mídia.
Seu discurso é lugar-comum: os deveres do Estado ele não cumpre. Se sua função é investir em saúde coletiva, então ele pode começar a cumprir o seu papel desativando esse engodo chamado UPA e devolvendo aos municípios o direito de ter unidades de emergência decentes, ao invés desse monte de amontoados de latas sem serventia nenhuma.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/07/defensor-publico-diz-que-desativacao-do-iaserj-e-inconstitucional.html
http://www.dgabc.com.br/News/5969604/defensoria-da-uniao-pede-que-iaserj-volte-a-funcionar.aspx
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/07/cremerj-quer-apurar-remocao-de-pacientes-do-iaserj.html