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segunda-feira, 28 de maio de 2012

CPMI VOTA AMANHÃ QUEBRA DOS SIGILOS FISCAL E BANCÁRIO DA DELTA


por Julieta El-Khouri

Essa tentativa de blindagem da Construtora Delta para preservar Sérgio Cabral é infame. Na próxima terça-feira, dia 29, será votado o pedido de quebra dos sigilos fiscal e bancário desta empresa. Isso é de fundamental importância, pois quase todos os depoentes que têm comparecido na CPMI têm se utilizado do direito de manter-se calados para não produzirem provas contra si próprios.
Pelo andar da carruagem, o isso poderá se ratificar nas próximas oitivas, principalmente nos depoimentos dos Governadores (ou Governador, se somente o Perillo for convocado).
A quebra dos sigilos bancário e fiscal mostrará efetivamente a verdadeira face da Delta, ou outras empresas que tenham envolvimento com o caso. Os números falarão por si.
Ficar convocando pessoas para permanecerem caladas é girar em torno do próprio rabo.
Sem resultado prático que permita avanço positivo nos trabalhos da CPMI.
PELO QUEBRA DO SIGILO DA DELTA JÁ!


Da Coluna do Luiz Carlos Azedo: Randolfe o desafinado



Randolfe, o desafinado
Um senador faz a diferença na CPI mista do caso Cachoeira: o jovem Randolfe Rodrigues (PSol-AP), que no fim do ano completará 40 anos. Desafina o coro dos integrantes da comissão, sejam governistas ou representantes da oposição, que não querem dar um passo além da fronteira já estabelecida pela Polícia Federal em suas investigações.


Ao defender a tese de que a prioridade dos trabalhos deve ser a análise dos documentos em poder da comissão e o cruzamento dos dados com os registros de financiamento de campanha,Randolfe lança uma luz na escuridão.

Na farta documentação em poder dos parlamentares, por exemplo, Randolfe apurou a transferência de R$ 40 milhões da Delta para contas laranjas de Cachoeira e outras empresas a ele vinculadas, que foram efetuadas em agências bancárias do Rio de Janeiro.

Da Coluna Nas Entrelinhas

Por falar em feridos…
Está cada vez mais difícil manter a Delta Construções e o engenheiro Fernando Cavendish fora da CPI. As contas feitas pelo senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) indicam que a contravenção rendeu R$ 11 milhões ao sistema de empresas ligadas a Cachoeira de 8 de julho de 2010 a 29 de abril de 2011. No mesmo período, a Delta repassou R$ 39,9 milhões a outras empresas do esquema. Pelo menos nesse período, os negócios do contraventor foram muito mais rentáveis no braço Delta do que nas empresas do jogo. E ainda houve quem dissesse que não havia necessidade de investigar a Delta Nacional. Ora, ora. A nossa sorte é que entre os parlamentares, seja de qual partido for, não tem bobo.

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