O
que é esquerda partidária e o que é direita partidária? Teoricamente, a esquerda
é o segmento social que se preocupa em criar condições de vida que resultem numa
sociedade mais justa, mais igualitária; a direita agrupa partidários adeptos ao
conservadorismo e ao liberalismo (economia de livre mercado). E na prática, como
funciona? Bem, na prática a situação é bem diferente. Os partidos fazem
alianças, muitas vezes espúrias, pra se manterem no poder.
Eu
estive filiado ao PT, por 27 anos, e foi um percurso cheio de altos e baixos.
Posso afirmar, hoje, que o PT não representa os ideais esquerdistas: vende uma
falsa imagem de partido representativo das classes média e baixa, mas, na
realidade, seus conchavos políticos se aninham na classe alta, juntamente com
banqueiros, empresários e representantes da oligarquia política.
Quando
promovi a denúncia do prefeito de Cabo Frio, Marcos Mendes, ao MP, o PT me
rechaçou. O partido, que deveria ter me apoiado por eu ter mostrado um esquema
de corrupção partidária que o prefeito e seus asseclas estavam promovendo para
conseguir apoio político, queria me expulsar. Só não me expulsaram, porque
criaria um fato político que denegriria a imagem do partido.
Foi
quando me certifiquei que estava na hora de sair. E, por incrível que pareça, o
PP, que é um partido de direita, não só me convidou a integrar seu quadro
partidário, como também não cobrou meu alinhamento ideológico ao seu perfil
conservador. Sinto-me livre das amarras do“teatro” do
PT.
Continuo
o mesmo Abilio: sou adepto aos ideais esquerdistas desde sempre. Sou originário
das baixas camadas sociais e convivi muito com a discriminação, desemprego,
falta de assistência médica, de educação escolar e de
cultura.
Não
me esqueço do meu passado: ele é meu alicerce político e esteira para os futuros
projetos que pretendo defender para a sociedade.
Minha história
Sou
nascido em Del Castilho, bairro da Leopoldina do Rio de Janeiro. Sou casado com
Julieta El- Khouri e tenho 1 filha, Tamiris, hoje com 17
anos.
Não
obstantes os percalços de minha história de luta, não perdi a esperança em
melhorar o trato público social e, imbuído do espírito de combate às
discriminações oligárquicas predominantes na sociedade brasileira, decidi-me por
ingressar nos movimentos sociais e no PT.
Objetivando
a inserção das classes menos favorecidas na política e nas decisões públicas,
busquei a organização comunitária promovendo a fundação da Associação de
Moradores de Del Castilho, em 1988, exercendo, então, o cargo de tesoureiro. Em
1990, passei a atuar no movimento sindical, e colaborei na organização dos
trabalhadores em sua busca por espaço político através do Sindicato dos
Metalúrgicos do Rio de Janeiro. Em 1995, participei do CEDAC/RJ (Centro de Ação
Comunitária do Rio de Janeiro) como agente de coordenação comunitária, no
Projeto auto-gestão, envolvendo as comunidades dos bairros de Inhaúma,
Jacarezinho e Vila Cruzeiro.
Acreditando na solidez das decisões
previamente debatidas com a sociedade e descontente com os rumos que nortearam o
PT em todas as esferas, desfiliei-me do partido.
Hoje, convicto de que não dependo de
siglas para exercer minha prática social, estou filiado do PP (Partido
Progressista), que não só me convidou a integrar seu quadro de associados, como,
também, não me impingiu um comportamento contraditório aos meus princípios. Um
partido, hoje, é uma via de acesso à vida pública: um aspirante a mandatos pode
utiliza-lo com boa ou má intenção. Tudo depende de sua
trajetória.
Compenheiro, admiro seu blog, com textos impecáveis, e uma linha contestaiva que me identifica. Sou petista, mas muitolúcido. E gostaria de saber sua sincera opinião, se não é igualmente 'oportunista' e insensato (no mínimo) um partido que, como disseste, te aceita sem cobrar alinhamento... nãoé da natureza dos partidos "alinhar" pessoas?
ResponderExcluirOlá, Alessandri
ExcluirObrigado pelos elogios ao Blog. Sim, eu penso que filiados e partidos têm que estar alinhados. Entretanto, não é o que temos hoje. Como eu expus no texto que você comentou, a direita e a esquerda estão misturadas. Você não acha que o partido também tem que estar alinhado? Você acha que o PT norteia alinhamento político aos seus preceitos estatutários? Eu me certifiquei de que isso não acontece mais; por esse motivo, desfiliei-me. Eu tenho meus ideiais e os respeito. Filiei-me ao PP e concorro a uma vaga ao legislativo. Não estou tendo nenhum problema. No dia que tiver, vou resolve-lo. Se quiser aprofundar a conversa, procure-me pelo e-mail: salamalekun@ig.com.br
Abraços.
Eu sou Apartidarista, não gosto de partidos políticos, pois no fim das contas são parte do Sistema de exploração e não cumprem com as ideologias que dizem defender. Eu, como defensor do Apartidarismo, e, talvez por influência do Anonymismo revolucionário (embora aliado ao ilegitimo Partido Pirata), não concordo com partidos!
ResponderExcluirEu sou defensor de um idealismo político-ideológico mais forte e mais revolucionista. E embora eu simpatize com o Esquerdismo, também simpatizo com o Direitismo, pelo fato de as vezes defender a ideia de uma Tecnocracia intelectualista(Cognosticismo), e, por isso, muitas vezes sou chamado de centrista, porque sincretizo ideais esquerdista com ideais direitistas, além de defender as novas teorias políticas, como o ideal político-ideológico do Mobilismo e a ideia de Democracia Líquida dos Anonymous, mas, como autarquista, eu me denomino pós-esquerdista! Que venhamos a fazer a Revolução! 0/