por Julieta El-Khouri
A empresa de construção Delta não poderá mais firmar novos contratos, pois foi declarada inidônea pela CGU. Além de impedida de participar de novas licitações, os contratos em andamento estarão sujeitos à análise. Isso vem causando muitos problemas, pois obras que já estavam em andamento estão sendo interrompidas e seus trabalhadores demitidos.
Na COMPERJ foram 800 desligamentos. Inicialmente, o Sindicato da categoria afirmou que os funcionários seriam recolocados em outra obra. Mas isso não aconteceu até agora. Os funcionários desligados não tiveram baixa na carteira de trabalho e, por esse motivo, não conseguem sacar seu FGTS, nem ingressar com o pedido de seguro-desemprego no Ministério do Trabalho.
Caos.
O Globo.com 12/06/2012
CGU declara inidoneidade da Delta e proíbe novos contratos
Ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, já assinou o ato que será publicado no DO de quarta-feira
BRASÍLIA - A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu nesta terça-feira declarar a inidoneidade da construtora Delta. O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, já assinou o ato que declara a Delta inidônea e que será publicado no Diário Oficial de quarta-feira.
Com a decretação de inidoneidade, a Delta fica impedida de participar de licitações e de assinar novos contratos. Segundo a CGU, os atuais contratos em andamentos ficam sujeitos a análise, caso a caso, pelos respectivos órgãos gestores que celebraram esses contratos com a empresa.
A decisão da CGU foi tomada com base em estudo da Corregedoria-Geral da União, órgão da Controladoria-Geral da União.
No dia 1º, a J&F Holding anunciou que desistiu de comprar a Delta alegando "crise de confiança. Logo depois, a empreiteira entrou na Justiça este mês com pedido a recuperação judicial. Em justificativa para o pedido - que, se aprovado, poderá liberar créditos e vender bens - a Delta afirmou que "o envolvimento de alguns de seus executivos em supostos atos ilícitos, que estão sendo investigados judicialmente, tem levado a empresa a sofrer uma série de bullying empresarial".
Já a defesa da Delta Construções estuda recorrer por meio de procedimentos administrativos e judiciais da decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) que declarou a empreiteira inidônea. A direção da construtora recebeu com surpresa a informação e esperava que o órgão do governo federal levasse mais tempo para analisar a defesa apresentada pela empreiteira, em 22 de maio, no processo de inidoneidade.
Com a decretação de inidoneidade, a Delta fica impedida de participar de licitações e de assinar novos contratos. Segundo a CGU, os atuais contratos em andamentos ficam sujeitos a análise, caso a caso, pelos respectivos órgãos gestores que celebraram esses contratos com a empresa.
A decisão da CGU foi tomada com base em estudo da Corregedoria-Geral da União, órgão da Controladoria-Geral da União.
No dia 1º, a J&F Holding anunciou que desistiu de comprar a Delta alegando "crise de confiança. Logo depois, a empreiteira entrou na Justiça este mês com pedido a recuperação judicial. Em justificativa para o pedido - que, se aprovado, poderá liberar créditos e vender bens - a Delta afirmou que "o envolvimento de alguns de seus executivos em supostos atos ilícitos, que estão sendo investigados judicialmente, tem levado a empresa a sofrer uma série de bullying empresarial".
Já a defesa da Delta Construções estuda recorrer por meio de procedimentos administrativos e judiciais da decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) que declarou a empreiteira inidônea. A direção da construtora recebeu com surpresa a informação e esperava que o órgão do governo federal levasse mais tempo para analisar a defesa apresentada pela empreiteira, em 22 de maio, no processo de inidoneidade.
Delta deixa de pagar funcionários demitidos no Rio
Demissão aconteceu mês passado e até agora consórcio não deu baixa na documentação
RIO - Passadas três semanas da decisão da Petrobras de rescindir o contrato das empresas que participavam do Consórcio Delta/TKK/Projectus para a construção de módulos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, ex-funcionários reclamam que até agora não receberam o pagamento relativo à rescisão. Dizem também que sequer podem dar entrada no FGTS ou no seguro-desemprego. Isso porque o consórcio não deu baixa na carteira de trabalho de nenhum deles e a documentação encontra-se toda bloqueada. Na última segunda-feira, a Delta entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio.
Jean Santana, técnico de edificações, que trabalhou durante seis meses na construção da Unidade Industrial de Tratamento, Recuperação e Armazenamento de Enxofre (URE) e da Unidade de Hidrotratamento de Nafta (HDT), diz que a empresa lhe deve algo em torno de R$ 20 mil pela rescisão além do pagamento do adiantamento, que acontecia todo dia 20 do mês.
- Estou com todas as minhas contas atrasadas. Desde a prestação do meu carro até a pensão das minhas filhas. O pior é que não sabemos como essa situação vai ser resolvida - desabafa.
Em sua página no Facebook, Jean Santana reuniu um grupo de ex-funcionários do consórcio. Mobilizados, eles pretendem ir à Justiça para tentar resolver a situação. Por ora, conta com a ajuda do sindicato, que tenta negociar uma solução para o impasse junto à Delta e à Petrobras.
- Há um jogo de empurra entre a Delta e a Petrobras. Cada hora uma diz que é a outra quem vai pagar o devido aos ex-funcionários. Enquanto isso nós só temos uma certeza: o desemprego.
Na ocasião da demissão dos funcionários, a Petrobras explicou, em nota, que a rescisão aconteceu devido ao baixo desempenho da empresa na construção da URE e da HDT. Os dois contratos foram assinados no fim de 2010. Pelo primeiro contrato, o consórcio receberia R$ 532 milhões, enquanto a construção e instalação da HDT renderia R$ 311 milhões.
Procurada, a assessoria de imprensa da Delta lembrou que nesta semana um novo comitê executivo assumiu a empresa e que a instrução é só voltar a se pronunciar sobre qualquer assunto após a resposta da Justiça a respeito do pedido de recuperação judicial.
Jean Santana, técnico de edificações, que trabalhou durante seis meses na construção da Unidade Industrial de Tratamento, Recuperação e Armazenamento de Enxofre (URE) e da Unidade de Hidrotratamento de Nafta (HDT), diz que a empresa lhe deve algo em torno de R$ 20 mil pela rescisão além do pagamento do adiantamento, que acontecia todo dia 20 do mês.
- Estou com todas as minhas contas atrasadas. Desde a prestação do meu carro até a pensão das minhas filhas. O pior é que não sabemos como essa situação vai ser resolvida - desabafa.
Em sua página no Facebook, Jean Santana reuniu um grupo de ex-funcionários do consórcio. Mobilizados, eles pretendem ir à Justiça para tentar resolver a situação. Por ora, conta com a ajuda do sindicato, que tenta negociar uma solução para o impasse junto à Delta e à Petrobras.
- Há um jogo de empurra entre a Delta e a Petrobras. Cada hora uma diz que é a outra quem vai pagar o devido aos ex-funcionários. Enquanto isso nós só temos uma certeza: o desemprego.
Na ocasião da demissão dos funcionários, a Petrobras explicou, em nota, que a rescisão aconteceu devido ao baixo desempenho da empresa na construção da URE e da HDT. Os dois contratos foram assinados no fim de 2010. Pelo primeiro contrato, o consórcio receberia R$ 532 milhões, enquanto a construção e instalação da HDT renderia R$ 311 milhões.
Procurada, a assessoria de imprensa da Delta lembrou que nesta semana um novo comitê executivo assumiu a empresa e que a instrução é só voltar a se pronunciar sobre qualquer assunto após a resposta da Justiça a respeito do pedido de recuperação judicial.
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