CPMI DE CACHOEIRA NÃO CONVOCA CAVENDISH NEM PAGOT

O PT acaba de promover uma mega operação de blindagem na CPMI do Cachoeira: por 17 votos a 13 deixou de convocar o dono da Delta, Fernando Cavendish e o ex-diretor do DNIT, Luiz A. Pagot.  Os ânimos se acirraram e o deputado Miro Teixeira, do PDT, segundo declarações dadas ao Blog do Ricardo Noblat, acusa um grupo de parlamentares de estarem recebendo dinheiro para proteger Cavendish. Outros parlamentares tentarão ouvir o depoimento de Pagot em sala separada da CPMI.

Brasil 247.com 14/06/2012

Incrível: Pagot quer falar e a CPI não vai ouvir

                      

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

CPI do caso Cachoeira acaba de se desmoralizar completamente. Parlamentares rejeitam convocação do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot; ele, que foi derrubado pelo esquema Cachoeira, queria relatar casos de corrupção, mas PT e partidos da base aliada evitaram sua convoação

14 de Junho de 2012 às 13:13

247 – Pela primeira vez na história, uma Comissão Parlamentar de Inquérito decidiu não investigar casos de corrupção. Por 17 votos a 13, a CPI rejeitou a convocação de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura. Em entrevistas recentes, concedidas às revistas Istoé e Época, Pagot afirmou que o Dnit foi usado para arrecadar recursos de caixa dois de campanha do PT e do PSDB nas últimas eleições. Os votos contrários à sua convocação seguiram a orientação do relator Odair Cunha (PT-MG), que sugeriu o sobrestamento da sua oitiva. "Se ele tem algo a denunciar, que vá à Polícia Federal", sugeriu Odair Cunha.

Parlamentares reagiram indignados. "O resultado é incompreensível. Que medo é este? Será que eles, o Pagot e o Cavendish, vêm aqui armados? Ou será que o medo é de que eles revelem a verdade?", disse o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). "A CPI se transformou numa farsa", completou o senador Pedro Taques (PDT/MT).

Miro Teixeira sugeriu que Luiz Antônio Pagot seja ouvido em outra sala, fora da comissão. O senador Álvaro Dias também rechaçou a tese de que não havia relação entre o caso Pagot e o caso Cachoeira. "Ora se o Cachoeira o demitiu e isso apareceu nos grampos, ele tem o direito de ser chamado".