Por: Tamiris El-Khouri Bernardino
Na última terça-feira, vinte crianças palestinas
declararam greve de fome por tempo indeterminado. Elas protestam contra os maus
tratos sofridos na prisão em que se encontram em Israel. Há pouco tempo, presos
adultos também fizeram greve de fome, porém, as promessas de melhorias feitas
pelos administradores do local não foram cumpridas.
Segundo o porta-voz do grupo de menores, as
crianças são submetidas a condições subumanas (como falta de alimentos) e
torturas constantes a fim de que elas confessem até mesmo o que não fizeram.
Além desses absurdos, as mesmas são negligenciadas em relação a médicos e
remédios, proibidas de estudar e ter contato entre elas, violações que ferem
absurdamente a legislação internacional e as convenções sobre os direitos da
criança.
A humanidade precisa parar de fechar os olhos
frente a absurdos como esse e se livrar de esteriótipos convenientes a uma meia
dúzia que conduz o planeta. Não é porque uma nação foi um dia reprimida (não
querendo eufemizar o holocausto, que foi absolutamente desumano) que podemos
ignorar os crimes cometidos por gente dessa mesma nação. É necessário que os
crimes sejam denunciados igualmente. Afinal, desafio alguém a me convencer que
essas atrocidades que os judeus praticam com as crianças detentas não são tão
cruéis quanto o terrorismo praticado pelos árabes.
Crianças palestinas entram em greve de fome
Fonte: Brasil de Fato
Elas protestam contra as péssimas condições da prisão israelense em que se encontram e contra os maus tratos a que são submetidas
15/06/2012
Baby Siqueira Abrão*
Correspondente no Oriente Médio
Vinte crianças palestinas lançaram na terça-feira, 12 de junho, uma greve de fome aberta (sem data para acabar) em protesto contra as condições e os maus tratos a que são submetidas na prisão de Hasharon, em Israel. A informação é de Ahmed Lafi, 17 anos, porta-voz informal dos grevistas. Ele conversou com o ministro das relações prisionais de Gaza e denunciou que as crianças presas não podem nem mesmo visitar umas às outras e estão proibidas de estudar.
“Os administradores de Hasharon continuam a nos torturar e humilhar, apesar das promessas contidas no acordo assinado com os presos adultos que estavam em greve de fome”, denunciou Ahmed, acrescentando que as crianças que reivindicam seus direitos são colocadas em solitárias.
Ele também disse que os meninos são submetidos aos “mais terríveis métodos de tortura” para confessar atos que eles não praticaram, o que viola a legislação internacional e as convenções sobre os direitos das crianças.
Hoje existem 190 menores nas prisões israelenses e todos eles passam pelos mesmos problemas: tortura, comida insuficiente, provocações, revistas nas celas, negligência médica e proibição ao estudo.
* Com informações do Palestinian Information Center, de Gaza.
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