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sexta-feira, 15 de junho de 2012

GRIPE H1N1 (A) AVANÇANDO NO SUL

por Tamiris El-Khouri

A região Sul está registrando um grande número de casos da Gripe A e não vem sendo dado a devida visibilidade ao caso pela grande mídia.
Santa Catarina já registra 270 casos, com 21 mortes (quase 10%) e no Paraná já foram diagnosticadas 62 ocorrências da doença.
Os mais afetados são os jovens adultos, cujo grupo não foi alvo da campanha de vacinação em 2009, que também visava a prevenção de outras doenças. Como já constatado, há aumento do número de vírus durante o inverno. Só resta esperar e torcer para que as coisas não piorem muito na próxima estação.

Leia a seguir.



 
Geral - A NOTÍCIA - clicrbs.com | 13/06/2012 | 21h15min

Santa Catarina registra 21 mortes por gripe A

Nesta quarta-feira, morreram um homem de Blumenau e uma mulher de Itapema

Júlia Antunes Lorenço | julia.antunes@diario.com.br
 
 
Chega a 21 o número de mortes por gripe A em Santa Catarina e a mais de 270 os casos confirmados da doença. Com esses números, o Estado concentra 88% dos casos na região Sul do País. Só nesta quarta-feira, foram duas vítimas: um homem de 29 anos que morreu no hospital Santo Antônio, em Blumenau, e uma mulher de 56 anos, natural de Itapema, que faleceu no hospital Nereu Ramos, em Florianópolis.

Homens entre 29 e 50 anos. Este é o perfil da maioria das vítimas de gripe A em Santa Catarina, que morreram entre começo de maio e esta quarta. Novas doses da vacina devem ser enviadas pelo Ministério da Saúde ao Estado, mas para um grupo restrito e ainda não definido.

Para o diretor da Vigilância Epidemiológica, Fábio Gaudenzi de Faria, a situação deixa todos em alerta. Ele confirma que há uma circulação intensa de H1N1 no Estado, mas que o retorno do vírus já havia sido detectado pelo Ministério da Saúde em abril.

— Foi quando começamos a identificar os casos e tivemos o primeiro óbito em Itajaí (em maio). A gente fala alerta e não preocupado, porque é um fenômeno que acontece todos os ano: o aumento dos vírus no inverno — observa.

Jovem adulto é o mais afetado

O fato de a maioria das vítimas serem jovens adultos também não surpreende o diretor. De acordo com Faria, desde 2009, quando houve a pandemia de gripe A, já se sabe que o vírus causa mais doença no jovem adulto. Este grupo não pertencia ao público-alvo da última campanha de vacinação, do Ministério da Saúde, que terminou em 1º de junho. Ela foi voltada a idosos, crianças entre 6 meses e dois anos e mulheres grávidas. Pessoas com doenças crônicas também podiam receber a dose.

Faria, que também é médico, explica que jovens adultos não foram incluídos na campanha, porque ela é voltada também para outros tipos de gripe, como a sazonal.

— Quando pensamos em gripe de maneira geral, os mais atingidos são crianças pequenas e idosos. Já a ampla campanha de vacinação que teve em 2010 e foi voltada especificamente para o vírus de H1N1 contemplava jovens adultos. Esta última foi uma vacina triviral — explica.

Diante do cenário, novas doses serão enviadas pelo Ministério da Saúde, mas o diretor já adianta que não será em grandes quantidades. Por isso, ele não consegue adiantar quais grupos serão vacinados.

— Para vacinar todos os adultos jovens seriam necessárias mais de 2 milhões de doses para SC, o que é impossível de se conseguir num período tão curto. O Ministério da Saúde já se colocou à disposição para encaminahar um quantitativo que não sabemos qual é. Se a gente conseguir proteger as pessoas com fator de risco, que são as doenças crônica, já seria de grande ajuda — ressalta.

Ainda que a vacina seja importante, Faria relembra que a prevenção, com a chamada etiqueta da tosse e outros cuidados, evitam a circulação do vírus. Uma campanha da Secretaria de Estado da Saúde relembrando essas medidas deve ser veiculada na mídia até o final da semana.


Saúde - Agência de notícias do Paraná - 12/06/2012

Secretaria orienta médicos a receitar medicamento em casos suspeitos de gripe A

A Secretaria de Estado da Saúde orienta os médicos para que receitem o antiviral oseltamivir para casos suspeitos de gripe A (H1N1). Desde o início do ano, já foram diagnosticados 62 casos da doença no Paraná, dos quais 34 confirmados neste mês. Foi registrada uma morte em decorrência da doença no Estado: um morador de Astorga, em março. Outro paranaense adoeceu e morreu no Nordeste, em janeiro, em decorrência da H1N1.

“Os médicos podem solicitar a coleta de amostras até o quinto dia após o início dos sintomas para confirmar a síndrome gripal, mas não é necessário aguardar o resultado dos exames para prescrever o antiviral”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria, Sezifredo Paz. O medicamento é gratuito e é liberado nas unidades de saúde, mediante a apresentação da receita médica em duas vias.
(...)“É importante estarmos alertas para o aumento de casos de gripe A no Estado, porque o clima tem favorecido as síndromes respiratórias. Não podemos esperar o quadro se agravar para intervir com o medicamento, que está disponível e pode salvar vidas”, completa o superintendente.

VACINA – A campanha de vacinação da gripe deste ano imunizou 1,5 milhão de pessoas no Paraná. A meta do Ministério da Saúde era de vacinar 80% da população de crianças de seis meses a menos de 2 anos, gestantes, idosos a partir dos 60 anos, profissionais de saúde que atuam diretamente no atendimento a pacientes de síndromes gripais, indígenas e população carcerária. O Estado vacinou 87% desse público.
As unidades de saúde que ainda têm em estoque doses da vacina antigripe podem continuar imunizando a população, priorizando pacientes com doenças crônicas, que são mais suscetíveis às doenças respiratórias.
Os profissionais de saúde também alertam para a necessidade de uma rotina constante de prevenção. Entre as medidas recomendadas estão lavar bem as mãos com água e sabão após tocar em superfícies como mesas, computadores de uso comum, maçanetas e botões de elevador; manter os ambientes bem ventilados; cobrir a mão e o nariz com lenço descartável sempre que tossir ou espirrar; não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal e sempre que possível utilizar o álcool gel para higienizar as mãos.


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