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segunda-feira, 18 de junho de 2012

GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS CONTINUA: GOVERNO ADIA NEGOCIAÇÕES

por Julieta El-Khouri

Eles não têm a menor pressa, quando não se trata do bolso deles. O Governo Federal adiou novamente as negociações com os professores. O motivo do adiamento foi a falta de conclusão do plano de cargos e a Rio +20, que é muito mais importante que os professores e os alunos, que já estão perdendo aula há mais de 1 mês. Já são 55 instituições paradas. E a hipocrisia está assolando os meios políticos, porque as situações são absurdas.
Imagine que o SISU está com as inscrições reabertas para que os pretendentes às universidades federais se alistem, novamente, garimpando uma vaga: o governo federal abriu mais 30 mil vagas, em 56 instituições de ensino superior (das quais 55 estão em greve).
Agora a pergunta que não cala: como é que eles abrem o SISU, abrem as vagas nas Universidades, se nem os professores que estão em greve eles querem atender, para negociar e atender suas reivindicações? Eles informam tudo sobre o SISU, menos com quem é que os alunos terão aula. Se há déficit de docentes agora, os 30 mil alunos que virão terão aula com quem???
Haja paciência! Quanta irresponsabilidade! Governozinho de fundo de quintal.


Foto: internet

 

Sociedade - Carta Capital

Marcelo Pellegrini

Marcelo Pellegrini

55 instituições paradas

18.06.2012 17:06

Governo adia negociações e greve nas universidades federais continua

A nova rodada de negociação entre o governo federal e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), marcada para esta terça-feira 19, foi novamente adiada pelo governo. A negociação prometia colocar um fim à greve que já dura mais de um mês e atinge 55 universidades e institutos federais pelo País.
O principal motivo para o adiamento foi a falta de uma definição sobre um plano de carreira concreto, exigido pelos docentes em greve, e a Rio+20, que ocupa os esforços do governo no momento.
“Pela manhã recebi um telefonema do secretário Sérgio Mendonça (secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento) informando que o governo não conseguiu reunir os diversos escalões para elaborar uma proposta e que não conseguiria fazer isso rapidamente por conta da Rio +20″, adiantou a presidente da Andes, Marina Barbosa, à CartaCapital.
“Isso é mais uma prova de que o governo não cumpre com os prazos que ele mesmo anuncia. Estamos buscando uma conversa desde agosto de 2010 e até agora não temos nada de concreto”, completa.
As reivindicações da categoria dos professores são antigas e se referem à reestruturação do plano de carreira dos docentes e melhores condições de trabalho. Os professores também reclamam do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que, segundo eles, expandiu de forma improvisada o ensino superior público. “Notamos que ensino superior federal foi expandido nas propagandas, mas não assegurado na condição real”, avalia Marina Barbosa.
“Não adianta fazer discurso de que vai colocar filhos da classe trabalhadora e da classe média na universidade, sem dar condições para o aluno se sustentar estudando”, crítica.
Segundo a presidente da Andes, a categoria ainda não foi notificada sobre o adiamento por escrito e não tem previsão de quando será agendada a próxima reunião. “O secretário me disse, por telefone, que provavelmente a reunião aconteceria na semana que vem, mas não especificou nenhuma data ou horário”, relata.


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