A Universidade de São Paulo, uma das maiores e melhores universidades da América Latina, é também uma das que persistem com a exclusão racial dentre suas fileiras de discentes e docentes. No Brasil, praticamente todas as universidades e faculdades públicas já adotam algum sistema de cotas, mas em São Paulo existe pouco avanço nesse sentido. Assim sendo, está marcado para amanhã, dia 20, um ato público às 12h, no Campos Butantã. O movimento contará com a presença da Frente Pró-Cotas Raciais que é compostas por, aproximadamente, 70 grupos organizados.
Brasil de Fato - 19/06/2012 - Aline
Da Redação
Manifestantes querem implementação de cotas raciais na USP
Um ato está marcado para acontecer nesta terça-feira (20) em frente ao Conselho Universitário (CO) para cobrar justiça social e racial.
Manifestantes reivindicam nesta terça-feira (20) ao Conselho Universitário (CO) da Universidade de São Paulo (USP) a implementação de cotas raciais, o fim da repressão política e a democratização da universidade. A manifestação é organizada pela Frente Pró-Cotas Raciais na USP e acontece a partir das 12h em frente ao CO, no campus Butantã, em São Paulo (SP).
A Frente cobra que a USP se alinhe à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que aprovou a constitucionalidade de cotas raciais nas universidades. Para movimentos sociais que lutam por reparações históricas à população negra, a adoção das cotas é uma medida paliativa, mas tenta dar condições iguais para que os negros e indígenas entrem nas universidades.
Segundo o Núcleo de Consciência Negra (NCN), organização que mantém um cursinho popular na USP, apesar de serem mais de 50% da população brasileira, os negros “nunca tiveram sequer 15% da população universitária da USP e menos de 1% dos docentes desta instituição são negros”.
Os manifestantes propõem um Sistema de Reserva de Vagas da USP que estabeleça um percentual de acesso a negros e afrodescendentes que “não se encontram em igualdade material de condições e oportunidades na sociedade”. Pedem também uma reserva de vagas a estudantes oriundos de escolas públicas “como maneira de garantir os preceitos fundamentais da justiça social e igualdade na educação”.
“A luta do Movimento Negro, Estudantil e dos Direitos Humanos tem a missão de lutar para Democratização da USP, tanto no Acesso à Universidade, através de um Sistema de Reserva de Vagas, quanto na defesa dos estudantes e trabalhadores que foram perseguidos politicamente na Ditadura Militar e todos que estão sendo perseguidos e processados pela gestão do Reitor João Grandino Rodas”, diz nota da NCN, destacando as movimentações estudantis que hoje tomam a Universidade.
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