O novo corregedor de Justiça,
Francisco Falcão entrou de sola: quer "expurgar" do judiciário a meia
dúzia de juízes vagabundos que costumam negociar sentenças. Alertou, ainda, que
não fiquem pensando que com a saída da juíza Eliana Calmon as rédeas ficarão mais
soltas: não tem a menor intenção de fazer esse tipo de concessões.
Avante,
doutor.
Imil.org.br
Francisco Falcão: “Temos de tirar as maçãs podres que existem no
Judiciário”
10 de setembro de
2012
Autor: Instituto
Millenium
O novo corregedor Nacional de
Justiça, Francisco Falcão, afirmou que trabalhará para tirar de atividade
juízes “vagabundos”. Falcão ressaltou que os juízes suspeitos de
irregularidades, como venda de sentenças, são minoria. Mas afirmou que precisam
ser expurgados. “A maioria dos juízes é de pessoas boas. Nós temos uma meia
dúzia de vagabundos. E essas pessoas nós precisamos tirar do Judiciário”,
disse. “Temos de tirar as maçãs podres que existem no Judiciário”, acrescentou
Falcão.
A declaração fez lembrar sua
antecessora, a ministra Eliana Calmon, que apontou a existência de “bandidos de
toga” no Judiciário brasileiro.
Nas duas últimas sessões do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), magistrados suspeitos de irregularidades buscaram
atrasar o julgamento de seus casos, por diversos meios, inclusive a
apresentação de atestados médicos. “Estão completamente enganados os que pensam
que, com a saída de Eliana, o trabalho vai ser modificado”, afirmou Falcão.
Em entrevista ao Estado,
Falcão revelou uma das principais diferenças de sua gestão. O novo corregedor
adiantou que só investigará a evolução patrimonial dos magistrados se alguma
denúncia de venda de sentença ou enriquecimento chegar ao Conselho Nacional de
Justiça (CNJ).
Falcão disse que defenderá a
uniformização dos salários no Judiciário e trabalhará para que o teto das
remunerações seja respeitado. No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por
exemplo, o salário de magistrados, em razão de penduricalhos, superar os
vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
“É inconcebível juiz ganhar acima do
teto dos ministros do Supremo, impossível, não pode continuar”, afirmou. “O
teto existe e não está sendo cumprido. É esse o grande problema”, acrescentou
Falcão
Fonte: Estado de S. Paulo
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